quinta-feira, 14 de abril de 2011

Caminhei

Quem sou eu e de que eu gosto ? O que eu quero realmente fazer ? Aonde eu quero ir ? Com quem eu quero passar o tempo ? Com quem eu quero falar ? De quem eu quero me livrar ? Que livros eu quero ler ? Que textos quero escrever ? Que vida eu quero viver ? Pensando em quantas coisas faz no piloto automático. Sei lá se por responsabilidade, por obrigação ou porque alguém inseriu no subconsciente que deveria ser assim. More fora, escolha uma faculdade. Seja uma advogada bem sucedida, faça uma faculdade na cidade grande, more sozinha. Encontre um bom estágio. Quantos dias se passam sem perceber, quantas horas preenchidas com tudo isso. Quanto tempo que se gasta, quanto que se ocupa na cabeça tirando o espaço do que poderia vir a ser o que realmente se quer. Já não se lembra mais. Os adultos vivem vidas que não escolheram, vivem sem saber o porquê, estamos ocupados demais para pensar nisso, cansados demais para parar. Acorda cedo, volta tarde e tudo que está no meio é tudo o que a criança não tinha sonhado. Impossível até mesmo escrever porque esse era o último sonho de que tinha lembrança, mas ele escapa, foge junto com as palavras, junto com a coesão e as vírgulas que viram pontos que separam as frases que não se conectam mais perdem o sentido e a fluência não existe mais leveza porque tudo é rígido tudo é sério e importante até que de repente chega o ponto final.
Pior que não saber é nunca questionar.

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