segunda-feira, 24 de agosto de 2009

There's Nothing Like You and I

Ordinários dias e efeitos colaterais da rotina, a quebra do ilusionismo conhecido como mágica, o amargo das dúvidas e,
uma música.
Traz de volta as borboletas no estômago e o sorriso de canto, sozinho no quarto.
Porque é bom pensar em você quando o dia fica mais bonito por algum motivo ou nenhum. Porque o que vem junto com uma melodia e uma letra que se encaixam só vem porque ''você e eu'' encaixa também.
Porque além de coincidência - se esta existe - é sorte demais.
Podem passar os dias ordinários, os efeitos da rotina, passe mágica e estúpido amargo,
porque quando tudo passa,
você fica.

Sempre comigo.





Texto mantido como rascunho mas publicado porque quando se sente, é melhor dizer.

domingo, 23 de agosto de 2009

A pior coisa que você pode fazer é se acostumar com o que não te faz bem.
Se acostumar com o que não é bom e de alguma maneira distorcida acreditar que aquilo é o melhor que você pode ter.
Afaste-se de pessoas assim, mesmo que isso signifique afastar-se de você mesmo um pouquinho.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

São Paulo, 21 de Agosto de 2009

Começa a vida e é engraçado como todos aqueles caminhos e lugares e deveres já parecem rotina. Será que tudo perde o encantamento quando visto de perto?!
Por outro lado, isso é bom. De certa maneira confortante e essa sensação rotineira pode estar querendo me dizer que as coisas estão onde deveriam estar. Me sinto a vontade, com dúvidas comuns.. típicas de uma Marcela com ideias demais num espaço curto de tempo.
Mais uma vez se confirma aquela história de 'Always getting what I want'. E tem um gosto melhor agora depois de ter buscado incessavelmente não somente o que eu queria mas também o que seria melhor pra mim - e para os outros.
Ahhh, a sensação de dever cumprido! Abre espaço para outras metas agora...
Porque é claro, não acaba por aí, mas daqui pra frente será melhor e melhor e melhor e melhor..

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Para não esquecer

Sentirei falta desses dias.
Sentada no computador, o irmão mais novo tocando violão, o outro caçula no outro computador dando risada esporadicamente..
Engraçado como a vida chegou a um ponto onde nossas vidas se encontraram. Falamos sobre as mesmas coisas, falamos a mesma língua.
Durante o almoço, nós assistímos os mesmos episódios do mesmo seriado já visto mais ou menos trezentas milhões de vezes. Me orgulho a cada piada que entendem, e todo dia me surpreendo com como aprendem rápido e com como são tão melhores do que eu quando se diz respeito a saber ser doce e leve.
Dedicados, aprenderam a tocar instrumentos quase que do dia pra noite. Vão às aulas sozinhos, nunca reclamam se está chovendo e tem de molhar o tênis ou o cabelo. Riem das minhas piadas talvez até por piedade, mas riem com sinceridade. Imagino que seja motivo de sorriso ver que estou confortável e de bom humor o bastante para tentar ser engraçada. Mal sabem eles que o motivo são os próprios!
Ficamos a maior parte do dia sozinhos em casa, mas eles têm sempre compromissos a cumprir. Eu fico por aqui mesmo, quando faço algo é porque inventei para me tirar do ócio.
Durante a tarde é gostoso, às vezes o menorzinho dorme, o que me espanta, porque ele só estava acordado há 1 hora, e eu e o maior achamos graça disso. Outro dia eu fiquei dando umas chacoalhadas no travesseiro dele pra ver se acordava mas ele me convenceu de que nada que eu fizesse ia adiantar.
De noite quando o nosso cãozinho chega do SPA, nós o deixamos aqui no quarto conosco. Depois de uns 15 minutos fazendo sons estranhos para qualquer um que visse de fora, fazendo comentários sobre o quanto ele é bonitinho e rindo sobre isso, nós o deixamos em paz na bacia onde dorme ou no nosso colo.
De repente o irmãozinho começa a tocar de novo uma música na guitarra e o outro começa a acompanhar no violão enquanto não compra seu baixo novo. Eu fico boba ouvindo, contente por dentro, sabendo que quando tiver de ir embora meu coração vai sentir em cada batida a falta que isso vai me fazer.

Há um tempo eu tinha que fugir de casa para me sentir bem. Foram tempos difíceis e eu procurava outros lugares pra me sentir em um lar. Meus dois irmãozinhos me trouxeram de volta o aconchego, a paz e a leveza que um dia em casa deve ter.
É muito bom saber o que é amar alguém e se preocupar com ele como se fosse parte de você. Melhor ainda quando você se orgulha dessa pessoa. Eu tenho 2 irmãos mais novos com quem tenho podido passar muito tempo. Tenho podido mostrar que não sou apenas uma irmã chata que manda arrumar as roupas e por as coisas no lugar.
Uma das melhores sensações é quando vejo que, por exemplo, ele tirou aquela música no violão porque me viu escutando-na. Ele começou a se portar melhor na mesa pois eu dava um olhar fatal a princípio e só depois soube como dizer com jeitinho. É esse jeitinho, que eles me fazem aprender a ter, todos os dias. Uma lição que tento aprender e que quando consigo, recebo a melhor recompensa: Harmonia.
Natal passado eu recebi o melhor presente. Pode parecer estranho pra quem sabe como foi, eu não tinha forças pra levantar, pra comer ou tomar banho.. tudo era medo. Mas quando juntos na sala ficamos verdadeiramente juntos numa canção, no escuro só com as luzes da árvore (enorme), um dos piores dias se tornou um dos meus melhores natais.
Hoje eu vejo que esse presente já me havia sido dado há 17 anos... Dois presentes de uma só vez.

Agora, sentada aqui escrevendo sem pretensão alguma de conseguir ser fiel ao meu sentimento de irmã mais velha, vejo desse ângulo o resumo de minhas férias: Lucas lendo um livrinho que joguei com tudo em cima dele, a princípio recusado por ter um título 'gay', e Pedro no computador com cara séria lendo algo importante, sempre responsável dizendo ao Lucas que está na hora de se aprontarem para sair.
Me sinto com dois amigos no quarto. O melhor de tudo é que esses sim, me conhecem, sabem todos os meus humores e trejeitos e mesmo assim, posso dizer de boca cheia: são para sempre. E dias como esse não serão esquecidos, fica aqui a recordação, e no coração, a lembrança.

Humano, demasiado Humano!

"(...)Nietzsche, sentado de pernas cruzadas na cadeira em frente de Breuer, dava pancadas no caderno com o lápis para enfatizar as palavras. - Essa preocupação com meus sentimentos era o que eu temia; precisamente por essa razão, recomendei que não revelasse mais do que o necessário para minha compreensão. quero ajudá-lo a se expandir e crescer, não enfraquecê-lo pela confissão de suas falhas.
- Mas, professor Nietzsche, aqui temos uma importante área de discordância. Aliás, na semana passada discutimos exatamente este assunto. Tentemos chegar a uma conclusão mais cordial desta vez. Lembro-me de que falou, além de ter lido em seus livros, que todos os relacionamentos devem ser entendidos com base no poder. Porém, isso simplesmente não é verdade no meu caso. Não estou competindo: não me interessa derrotá-lo. Quero apenas sua ajuda para recapturar minha vida. A balança do poder entre nós - quem vence, quem perde - parece trivial e irrelevante.
- Então por que, doutor Breuer, se sente envergonhado por ter me revelado suas fraquezas?
- Não por ter perdido alguma competição contra você! O que importa isso? Sinto-me mal por apenas uma razão: valorizo sua opinião a meu respeito e temo que, após a sórdida confissão de ontem, já não tenha uma impressão boa de mim! Consulte sua lista - Breuer apontou o caderno de Nietzsche. - Lembre-se do item sobre o ódio por mim mesmo... item três, acredito. Depois, me odeio ainda mais por me ver isolado de outras pessoas. Para poder alguma vez romper este círculo vicioso, terei que aprender a me revelar para os outros!
- Talvez, mas observe - Nietszche apontou para o item 10 de seu caderno. - Aqui, você diz que se preocupa demais com as opiniões de seus colegas. Conheci muitas pessoas que não gostam de si mesmas e tentam superar isso persuadindo primeiro os outros a pensarem bem delas. Feito isso, elas começam a pensar bem de si próprias. Mas essa é uma falsa solução, isso é submissão à autoridade dos outros. Sua tarefa é aceitar a si mesmo, não encontrar formas de obter minha aceitação. "


In Quando Niezsche Chorou
Irvin D. Yalom

domingo, 2 de agosto de 2009

if saying what you feel is easier when I'm not there
if leaving what you feel behind is easy when I'm not there
if loving me is more interesting when I'm not there
then honey, take a look around :
I'm not there.

Para os que duvidam

Alto demais é bom mas a queda é forte
já me esforcei muito para me manter no meio,
porque baixo demais é fundo e escuro demais pra mim.
De repente bateu um vento e me levou pra cima de novo - Fazia tempo.
Passarinhos menores me acertam me fazendo cair.
Coitados.
Mal sabem eles que eu nunca, nunca desaprendi a voar.