domingo, 2 de dezembro de 2012

Hey Jude

In the back of your mind estão aqueles encontros que não tiveram um fim. Existem músicas que não acabam, não existe nelas aquela última palavra. O compositor não encontrou ou mesmo escolheu não colocar um final àquela melodia. São essas canções que vão tocando quando num determinado momento o som vai ficando baixinho até o silêncio chegar.
Só que existem músicas que mesmo depois desse silêncio, ficam in the back of your mind. Só é possível perceber quando elas tocam de novo, é como se elas nunca tivessem parado de tocar e de te tocar.
São assim, certos encontros da vida. Não existiu a última palavra, não houve o fim. Eles estão tocando baixinho enquanto estamos distraídos com todo o barulho que rodeia a rotina, mas quando o reencontro, percebemos : estavámos sempre ali e não, não haveria mesmo como haver um final.


São as músicas que sempre iremos ouvir e que farão sentido em qualquer momento.
As pessoas que amamos. De longe ou de perto.

Passou

"Sentimentos que não podem ser ditos, expostos, percebidos ou desconfiados. Um coração partido, uma vida dividida.
Meios sorrisos, ombros pesados, anos acumulados... Lágrimas cansadas que conhecem de cor os meus traços...
E nunca sorrirá de um canto ao outro. Porque suas partes não se encontram, nem encaixam.
Sua semente é podre.
E é por isso que seu coração sabe ser negro, e é por isso que seus ohos sabem ser opacos, e é por isso que sua garganta arranha por tudo o que não pode dizer.
Mas ela irá aprender a amar, a ser um novo dois. Novos corações que saberão se encontrar e que, se não, saberão se deixar. Em paz."

domingo, 17 de junho de 2012

amém

Foi ali sentada, sem ouvidos para o mundo, que eu de repente descobri.
Não era da morte que eu tinha medo, era da vida.
E eu sorri... porque conhecer o medo é dele estar mais perto e para ele poder dizer - você não me assusta mais, eu sei os seus motivos. E eu poderei afastá-los, um dia.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Saiba mentir

Eu não sei amar porque não me amo mais.
Eu não sei por você sorrir porque minha história é fechada.
Não sei falar porque tudo sempre foi silêncio.
Menos o medo,
o não,
o desejo.
De não estar ali.

Porque nós não devíamos estar ali.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Quem sou eu

Não sorri,
lábios que não se encontram

Um rosto torto,
traços que não coincidem

Ossos sem equilíbrio, não se suportam.


Um coração vazio porque desaguou demais.
Amou por dois o que não havia mais.


domingo, 22 de janeiro de 2012

Com os olhos, por favor

Me fale um dia,
se  for verdade realmente,
que até eu chegar
você só se distraía.....


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ninguém é seu por mais que você se sinta de alguém, você não pertence a ninguém, às vezes nem a si mesmo porque essas vontades que você não queria ter não estariam lá se você pudesse controlar.


domingo, 8 de janeiro de 2012

You will never know who she is

"You will never know who she is" pode parecer patético para quem é patético e para quem não me conhece.
Não se trata de uma garota inocente a ponto de acreditar que realmente ninguém saberia que é ela quem escreve o que se lê por aqui. Não.
Sem a intenção de dar satisfações àqueles que, como muitas vezes durante a vida, acham que sabem de mais sobre os outros, mesmo quando estes não têm nada a ver com a mediocridade de suas vidas - sob o ponto de vista de nossos laptops e smartphones - perfeitas. Não.

É uma das pessoas que mais deveria conhecê-la, quem a faz ter no que pensar e ter por quê escrever para aliviar. É quem a faz ver que o amor resiste. E ele nem sabe quem ela é, não de perto, porque nunca a encarou de verdade. A vida não permite que ele a veja.

Ela sou eu, e ele, bem, pode ter certeza que não é você, porque ele nunca vem. Mas está em toda e cada linha.

distance

É que eu tenho medo. É , eu tenho medo desse sentimento de pertencer tanto a alguém que torna insuportável a despedida. Viro egoísta porque como tolerar a ideia de ser a única a estar tão ali que nem parece que estou ao mesmo tempo ?

Ele nem sabe. Tantas vezes, de tanto querer ali estar, não estava, já temendo o momento seguinte em que aquilo seria lembrança.
Essa é a dor do meu amor; Tudo que é perfeito entre nós dois vira o meu nó na garganta. O meu medo.

O meu medo de que todas as lembranças que ele tem não sejam as minhas. O meu medo de lembrar sozinha. O meu medo de acabar só lembrando. O meu medo de meus medos o deixarem com medo de mim.

E como eu o culparia?

Ninguém deveria ter usado as suas roupas, ter estado ali para você tocar...
Ninguém deveria ter me tornado nisso .

Me mantendo longe o suficiente para que não seja possível me ler assim, tão de perto.